Claúdio Moreira é natural da aldeia de Varge, concelho de Bragança, nascido a 9 de setembro de 1993.

Claúdio, como qualquer rapaz daquela pacata e bonita aldeia, tomou parte das festividades de inverno que ali ocorrem por altura do natal, denominadas vulgarmente como “Festa dos Rapazes” ou “dos Caretos”. Em 2009, iniciou o seu percurso como careto e artesão, por consequência e necessidade, uma vez que foi desde essa altura que se dedicou ao fabrico de máscaras, tendo construído, aos 16 anos, a sua primeira peça com o propósito de a utilizar nos tradicionais rituais.

Mais tarde, em 2022, Cláudio Moreira viria a dedicar-se, com mais regularidade, à arte de fazer “máscaras de careto”, tradicionais e diferenciadas. As matérias que utiliza são todas de recolhas de desperdícios, com pedaços de bidões, latas ou chapas velhas. Aplica vários tipos de ferramentas para suas criações, desde a solda aos cravos (rebites).

Com uma palete de cores diversificada, o jovem artesão procura criar vários tipos de peças, por vezes numa perspetiva de disrupção face ao tradicional, pelos padrões, formas e cortes diferenciados. Apesar dessa face vanguardista, ele procura, igualmente, o equilíbrio com as raízes da tradição e valorizar a essência das máscaras transmontanas.